sexta-feira, 19 de junho de 2009

O racha da Fórmula 1

Victor Paulino

Início da noite desta quinta-feira aqui no Brasil e quase amanhacendo lá na Inglaterra, onde aconteceu a reunião do racha, a Fórmula 1 viu pela primeira vez na sua história uma saída em massa tão grande de seu campeonato.

Ferrari, McLaren, BWM Sauber, Toyota, Renault, Red Bull, Toro Rosso e Brawn GP anunciaram que em 2010 não estarão na principal categoria do automobilismo mundial e partem para um novo campeonato, independente das opressões da FIA de Max Mosley.

Para tomar tal decisão os dirigentes que compõe a FOTA se reunirão na fábrica da Renault em Enstone e debateram durante horas sobre a carta enviada por Mosley horas antes. A crise que se arrastava desde meados do GP da Espanha, que aconteceu no dia 10 de maio, foi marcada por várias discussões e muitas propostas e opiniões divergentes.

A crise viu na sexta-feira do GP de Mônaco uma reunião que durou horas entre Bernie Eclestone, Max Mosley e a FOTA, que é composta pelos chefes das equipes da Fórmula 1, e que não trouxe resultados. A incomoda situação arrastou-se deixando as corridas de lado. Cada final de semana em que todos se reunião para disputar um GP, retornavam as opiniões e as vitórias de Jenson Button nem chamavam tanta atenção.

Agora a situação que vive a Fórmula 1 lembra o que aconteceu com a Fórmula Indy, na metade da década de 90, quando equipes queriam uma coisa e Tony George outra. Aconteceu a separação e surgiram IRL e Fórmula Mundial, que depois virou ChampCar e faliu no início de 2008. As duas categorias perderam toda a força conquistada durante anos e acabaram retornando a velha Fórmula Indy com menos força em relação ao seu primeiro início.

O que acontece com a Fórmula 1 hoje é o mesmo que aconteceu com a Indy na metade da década de 90. Equipes de um lado e um manda-chuva do outro. O que podemos ver daqui para frente? Acredito que o mesmo que aconteceu antes. Duas categorias que perdem força e terreno a cada ano que passa. Podem até retornar, mas estarão muito mais fracas e sem expressão do que tinham antes.

Quem agradece isto tudo são os americanos, que em toda a história do automobilismo mundial lutaram contra os europeus de França, Inglaterra e Alemanha. Não duvide que logo logo escutaremos mais sobre Fórmula Indy, Nascar, Grand-Am, American Le Mans Series e assim por diante. Agora é a vez da terra do Tio Sam se recuperar da crise que abalou o mercado automobilístico com a crise que quebrou o diamante da Europa.

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